O psiquiatra deve ser procurado quando a pessoa apresenta alterações emocionais ou de comportamento que tragam sofrimento ou prejuízo para si ou pessoas próximas. Desta forma, é comum a procura por um psiquiatra quando a pessoa apresenta tristeza, ansiedade, prejuízo na concentração, diminuição na capacidade de trabalho, alteração do sono ou dificuldade nos relacionamentos. Baseado no conjunto e intensidade dos sintomas o psiquiatra pode realizar o diagnóstico de um transtorno mental ou não. Vale lembrar que é muito comum que pessoas próximas percebam este tipo de alterações e sugiram para o paciente procurar ajuda.

A primeira fase do tratamento é realizar o diagnóstico e implementar o tratamento adequado. Nesta fase usualmente são necessárias consultas mensais. Uma vez que o tratamento atinge o efeito esperado, as consultas passam a ser a cada dois meses. O tempo para alta varia muito conforme o diagnóstico.

Vale lembrar que a avaliação psiquiátrica não implica em um diagnóstico. E o diagnóstico de um transtorno mental também não necessariamente implica no uso de medicamentos. Há situações que o tratamento indicado é psicoterápico e também há situações que é necessário apenas mudanças no estilo de vida.

Na imensa maioria das vezes as doenças psiquiátricas são multifatoriais e dependem de fatores genéticos e ambientais. Muitas vezes é difícil pesar o quanto cada fator influencia no surgimento e persistência do quadro. No entanto, o mais importante é que para um tratamento eficaz deve ser considerado todos os possíveis fatores associados ao quadro. Desta forma, muitas vezes o uso isolado de medicamentos não garante um resultado satisfatório, sendo preciso alterações nos fatores associados ao quadro que são passiveis de mudança. Um exemplo simples seria não utilizar bebidas alcoólicas na vigência de um quadro depressivo.

A principal indicação para internação psiquiátrica é quando o paciente está colocando si mesmo ou terceiros em risco. Desta forma, a internação é para momentos de crise e tem uma duração curta, sendo necessário a continuidade ambulatorial posteriormente. Vale ressaltar que momentos de crise também podem ser tratados sem a internação caso seja viável um suporte domiciliar adequado. Outra indicação de internação frequente é para quadros de dependência química em que o paciente não está conseguindo manter a abstinência.

A grande maioria dos medicamentos psiquiátricos não causam dependência. No entanto, há medicamentos quando mal utilizados podem gerar dependência. Um exemplo seria a classe dos benzodiazepínicos. Estes medicamentos quando utilizados corretamente auxiliam no controle da ansiedade e insônia, mas na imensa maioria das vezes não podem ser encarados como uma solução a longo prazo pelo risco de causarem dependência.